sábado, 25 de janeiro de 2014

Presidente do SITAM – uma cena dramática.

QUINTINO COSTA dirigente do PTP
 Os trabalhadores do comércio, infelizmente, estão cada vez mais desprotegidos, com  ordenados em atraso, despedimentos ilegais, explorados diariamente, enquanto o responsável pela organização de classe passa o dia em frente
ao espelho, de secador
na mão.




Permitam-me os bloguistas, e perdoem-me os meus colegas de teatro, o meu
atrevimento ao utilizar a analogia da nobre arte do teatro para expressar a revolta
incontida a propósito de um protagonista da cena sindical.

No dia 13 de Janeiro de 2014, a RTP Madeira transmitiu uma cena dramática a cargo
do dramaturgo Ivo Silva que, de olhos fechados, cabelo encaracolado e lustroso concretizou
aquela peça que, se não fosse a situação em que se encontram os trabalhadores do
comércio, mudando de actores, como é óbvio, era susceptível de ser convertida numa
divertida comédia.

Infelizmente, este protagonista desatou a dar pancada nos aliados de classe,
nomeadamente a USAM, na qual o SITAM é filiado. Não é a primeira vez que o faz a
mando dos TSD.

A peça estreou quatro dias depois do regado e caro jantar oferecido pelos exploradores
e traidores dos trabalhadores na Escola Profissional de Hotelaria e Turismo da Madeira
no qual esteve presente o protagonista. Há quem diga que o último ensaio deu-se nesse
infeliz evento.

O destacado capataz da Quinta das Angustias também criticou a nova equipa camarária
do Funchal. Esta parte da cena parece que não fazia parte do guião, nem foi escrita
pelo mesmo autor (Brazão de Castro). Foi um autêntico improviso do aspirante a actor
falhado, pois não perdoa o protagonismo rotineiro que teve ao longo dos anos durante
a quadra natalícia, numa roda-viva entre o gabinete da Dra. Rubina Leal e o paço
episcopal do Funchal, de modo a discutir horários de Natal.

Não quero defender o atual titular do pelouro do comércio no Funchal, pois corria o
risco de me arrepender amargamente num futuro próximo. Contudo, ainda bem que pela
primeira vez, desde há muitos anos, os encostos das cadeiras da câmara municipal do
Funchal não ficaram marcados com nódoas de cera e fios de cabelos encaracolados.

Os trabalhadores do comércio, infelizmente, estão cada vez mais desprotegidos, com
ordenados em atraso, despedimentos ilegais, explorados diariamente, enquanto o
responsável pela organização de classe passa o dia em frente ao espelho, de secador
na mão. Já que a “maminha” de um ordenado pago pela USAM e pelos trabalhadores,
sem trabalhar, ao longo de vários anos secou. Esta interessante criatura beneficiou de
categorias “cozinhadas” por ele em conjunto com o senhor ex-secretário responsável
pelo setor que usufruía de chorudos ordenados. Isso acabou. Só assim é que se
compreende a ação odiosa e raivosa deste senhor responsável pela falência financeira do
seu sindicato.

Tenho uma certeza, nunca meti cunhas na coligação “Mudança”, mas desta vez vou
apelar aos eleitos para que não cometam o erro de nomear o senhor Ivo Silva para o
teatro municipal do Funchal, já que poderiam correr o risco de nomear um segundo
artista contestatário, aumentando ainda mais a lista de nomeados de confiança política e
reduzindo o leque de críticos.

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