sábado, 22 de fevereiro de 2014

FMI e Comissão Europeia "esmagaram" Congresso do PSD

FILIPE MALHEIRO, Jornalista

O Congresso do PSD foi esmagado pelos relatórios do FMI e da Comissão Europeia. Porque é naquelas linhas que estão país real, é naquelas páginas que reside o nosso destino, a verdade, os factos.




Há um hiato temporal, de vários meses, entre o final da avaliação realizada pela troika em Portugal quando são distribuídos simples comunicados de imprensa com algumas, poucas, considerações gerais e recomendações - e depois processo de aprovação formal dessa avaliação, por parte do FMI e da Comissão Europeia, que não só desbloqueiam as verbas referentes às diferentes tranches financeiras atribuídas, como também divulgam um relatório mais completo e complexo.

É aqui que "a porca torce o rabo". E porquê? Porque aquela palhaçada toda, que ultimamente tem sido montada e protagonizada pelo irrevogável Paulo Portas - mas que as pessoas entretanto já se esqueceram, passados que estão tantos meses - é denunciada como mais um episódio de hipocrisia
e de pura propaganda mentirosa. No final da 10ª avaliação – entretanto, a 11ª avaliação começou esta semana - e ouvindo a "cantoria" de Portas, tudo parecia estar em linha com o previsto. Nada mais falso.

Depois, as duas vuvuzelas do governo, curiosamente ambos do CDS - Portas e Pires de Lima atropelaram-se durante semanas, diria meses, para elogiarem as exportações, endeusarem os empresários privados e as empresas exportadoras, como se o paraíso estivesse ali mesmo ao virar da esquina, depois de 17 de Maio a data "milagrosa" que Portas tanto gosta, seguido agora por uma "ladainha" do CDS que é comum a deputados, dirigentes e governantes. Ou seja, estamos entregues a uma espécie de dupla de descarados mentirosos, habilidosos e manipuladores, que de
credibilidade nada têm. Podem ter, no caso de um deles (Pires de Lima) uma "boa imprensa", mas rapidamente até isso se vai desvanecer porque a realidade é o que é e as palavras valem o que valem quando colidem com a verdade e com essa realidade incontornável.

Quando esta semana o FMI e a Comissão Europeia divulgaram dois demolidores relatórios, ambos reportados ainda à 10ª avaliação que Portas se encarregou há uns meses de "vestir" de cor-de-rosa, os portugueses entraram em pânico, ficaram alarmados e rapidamente caíram na real, como dizem os brasileiros.
Porquê? Porque durante meses, o principal problema do país parecia cingir-se a uma história da carochinha à volta do cautelar, sim ou não, da saída limpa ou suja, sim ou não, da ida aos mercados com "cobertor" (BCE) e da almofada financeira para evitar surpresas, etc.
Tudo episódios, pequenos e insignificantes episódios - diria mesmo conversas idiotas - que fazem parte de uma conversa da treta mais complexa e que a propaganda tonta deste governo de coligação bandalho e da trampa, que continua a acreditar que transforma o barro em ouro e que os cidadãos dizem, por pressão ou chantagem, que a cor do mar e preta.

A principal vítima de tudo isto é o PSD, já que é óbvio o desgaste político causado pelo paleio das duas "vuvuzelas" do CDS - na linha daquela ideia peregrina de que são os ministros do CDS, apesar de serem eles que cortam nas pensões e nas reformas e que perseguem e impõem aos agricultores mais idosos procedimentos burocráticos absolutamente asquerosos, os anunciadores da "festança" e veiculadores de pretensas "boas notícias", deixando para Passos e o PSD a face mais negra da moeda, os aspetos mais negativos e impopulares, com todo o ónus político daí resultante, repito, que pode vir a ser causa de muitos problemas para os social-democratas.

Como pais sob a ameaça de mais austeridade e mais cortes, com a sociedade portuguesa agoniada e inquieta perante o fim da ilusão oficial de que o 17 de Maio significaria, com a saída da troika, o paraíso, pode-se afirmar sem exagero que os relatórios do FMI e da Comissão Europeia acabaram de matar o congresso do PSD. Dois documentos contundentes, frios, pragmáticos, diria diabolicamente ameaçadores, porventura com erros de avaliação, mas que recolocaram os portugueses nos trilhos de um quotidiano que continuará a ser penoso, de mais roubos de salários, de mais despedimentos, de mais desemprego, de mais emigração, de mais e preocupante pobreza e exclusão social, de mais descarada roubalheira do estado, quer por via dos impostos, quer por via de um decreto aprovado de forma insultuosamente submissa na Assembleia da República, indiferentes à vergonhosa continuidade de privilégios, porque continuam a ter em Lisboa um poder fascizante e ultra neo-liberal, no que às concepções ideológicas diz respeito, as quais de social-democratas nada têm, que é incapaz e se virar contra o capitalismo, os mercados, os especuladores e os "grandes" de uma Europa cada vez mais a cheirar a estrume.

A verdade é que o Congresso do PSD foi esmagado pelos relatórios do FMI e da Comissão Europeia. Porque é naquelas linhas que estão país real, é naquelas páginas que reside o nosso destino, a verdade, os factos. O PSD não vai resistir ao seu próprio veneno, graças a uma cumplicidade passiva perante uma corja bandalha que tomou de assalto o PSD à custa de movimentações mafiosas de bastidores que conduziram às eleições de Junho de 2011, que assentaram numa campanha eleitoral que foi um vergonhoso desfilar de mentiras e de falsas promessas. O PSD está adiado até um próximo congresso que espero e desejo tenha outros protagonistas, gente mais seria.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Cursos superiores de 2 anos!!??


PEDRO MOTA, Jurista



Já é possível ter uma licenciatura e até um mestrado sem saber ler ou escrever!Parece mentira mas é verdade. Efectivamente, hoje a criança não “chumba” o ano.É proibido!




Andam a preparar um novo fenómeno: os “cursos superiores de 2 anos”!
Acabei por não acompanhar a “inovação” mas sempre servirá para o comentário que se segue: Já é possível ter uma licenciatura e até um mestrado sem saber ler ou escrever! Parece mentira mas é verdade,

Efectivamente, hoje a criança não “chumba” o ano.
É proibido! Agora, se a criança não “transita” de ano, motiva uma imensidão de
reuniões e/ou um sem número de procedimentos destinados a desculpabilizar o principal
“suspeito” pelo insucesso: a própria “criança”.
Sim, porque a “criança” pode pura e simplesmente não estudar, pode ligar zero ao que o
professor diz, pode não tocar nos livros, pode nem sequer carregá-los (“ai a coluna”!).

Independentemente disso tudo, aos 18 anos quando os amigos “cromos” entram na
Universidade, ela também tem de ir. Tem de ser assim: é um “direito”.
Mesmo que nada estude, mesmo que não saiba ler ou escrever irá para uma qualquer
“universidade” (???) que não exija médias ou outra “coisa” que possa ser impeditiva do
seu “direito”.
Depois de estar lá “dentro”, é uma questão de tempo: com as “bolonhices” são 3 anitos
e com esta nova ideia serão só 2!
E passa num instante: são 6 meses de praxes, mais um ano a fazer uns desenhos e uns
trabalhos de grupo e depois é só escrever as “fitas”!

Meus senhores, é opinião deste “cromo” que a Educação (superior) deve ser um direito
para quem estuda e para quem quer estudar!
E já preparam novo ataque!
Como se não fosse suficiente o que foi descrito, recentemente, alguém disse que o
Português e a Matemática não devem/podem condicionar a vida do estudante.
Ora, é opinião deste “cromo” que o Português e a Matemática devem ser obrigatórios
desde a creche até ao fim da Universidade!

Normalmente, estas teorias inovadoras começam com a expressão: “não deve
condicionar” e, invariavelmente, redundam no resultado: “é desnecessário”.
De resto, existe um exemplo prático da importância da Matemática em todo o percurso
académico: a massificação vergonhosa e inerente desprestígio da profissão de
Advogado é consequência directa da não existência de Matemática na “antiga área D”.

Deste modo, fica o apelo: não deixem retirar importância ao Português e à Matemática
nos currículos académicos! Basta de facilitismo!
O percurso académico de recentes governantes de Portugal é o exemplo deste apelo e do
estado a que chegou o ensino “superior” deste País: lembremos o Dr. Miguel Relvas e o
Eng. José Sócrates.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Por uma política alternativa

DÍRIO RAMOS engenheiro


 Segundo o INE, mais de 50% do orçamento das famílias é destinado a despesas com a habitação, rendas, água, eletricidade e transportes. Que resta para comer, vestir e ser gente?!




As remunerações dos trabalhadores, reformados e pensionistas tiveram, nos últimos três anos, uma quebra em termos nominais de 9,2% , a inflação de 7% ,pelo que a quebra real das remunerações foi de 16%.
A situação não foi mais agravada devido ao facto do TC ter chumbado a norma que pretendia retirar dois salários aos reformados e pensionistas e o subsídio de Natal aos trabalhadores da Função Pública .


A quebra do consumo atingiu 9% , contribuindo para o encerramento de empresas e o aumento do desemprego , que no final de 2013 eram mais 22 000 os desempregados. Com o Orçamento de Estado e da região para 2014 novos cortes em média de 9,3 %.

 Segundo o INE, mais de 50% do orçamento das famílias é destinado a despesas com a habitação, rendas, água, eletricidade e transportes. Que resta para comer, vestir e ser gente?!

Aumenta-se o IVA, o IRS, o IMI e fala-se em ajustamento. Os pobres e a classe média ,cada vez mais pobres, mas aumentam os milionários. A perda real nos salários e pensões nos últimos três anos rondam os 20% .

 Há quem diga, na oposição, que o jardinismo já terminou e que só Jardim não vê. É possível e desejável uma política alternativa ao Governo do PSD na Madeira, que desenvolva a economia, a agricultura e as pescas, o turismo.


 Não devemos embarcar na fulanização da política, na intriga. Precisamos de trabalho, muito trabalho político junto do povo, para resolver os seus problemas. Precisamos de uma rutura com o sistema dos partidos do arco do poder PSD/CDS/PS que gerem o capitalismo. Nenhuma medida alternativa ao jardinismo se faz sem a valorização do trabalho, através da melhoria dos salários.

Vêm aí as Eleições Europeias. Novos protagonistas vão aproveitar o descontentamento popular, para arranjar uns lugares no Parlamento Europeu. Urge uma política de combate e rutura. Para isso é necessário o reforço da CDU.

 
 

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Europeias: a pole position das regionais.

CARINA FERRO, Deputada do PS-M
 
 
As Europeias serão, certamente, a melhor sondagem que teremos para as eleições legislativas nacionais e regionais de 2015.
 
 
 
As Europeias são eleições “diferentes”, sim. Não se podem comparar com as nacionais ou regionais, é um facto. Mas é certo que o desaire eleitoral nas Europeias condicionará a impetuosidade com que os partidos seguirão para o combate político nos meses subsequentes à eleição de 25 de maio. Dir-me-ão que é pouco provável. Eu, até Setembro último, também achava pouco provável que os madeirenses repudiassem o “pacto de silêncio” regional às medidas nacionais de forma tão convicta.
Em campanha autárquica aprendi um novo conceito: “o efeito de onda submersa”. Um conceito que consiste numa teoria muito simples: se um partido, em sondagens, tem uma tendência de crescimento, no dia das eleições, crescerá; se um partido, pelo contrário, tem vindo a descer nas sondagens, é certo e sabido que no dia das eleições, o resultado será em descendo aos resultados anteriores. E assim foi em Setembro de 2013. E assim será em maio de 2014. E assim será em 2015.
É inevitável perguntar se os partidos, os partidos da maioria (PS, PSD, CDS) estarão preparados para o escrutínio do povo numa fase em que o medo desapareceu e os madeirenses pedem, legitimamente, mais e melhor. Muitos dizem: “Nós faremos diferente!”. Sim, fazer diferente, qualquer um faz, mas fazer melhor, é bem mais difícil. O mesmo se passa nas Europeias: não basta fazer diferente, é preciso fazer melhor.
É certo que as eleições Europeias “passam ao lado” a muita gente, porque existe um sentimento negativo associado à ideia de “Europa”, ao contrário do que se passava antes da grande crise de 2008. Antes da grande crise, a ideia que os governantes transmitiam aos cidadãos europeus era a de que a Europa, a União Europeia, traria mais dinheiro, mais desenvolvimento e, consequentemente, melhores condições de vida.
Hoje em dia, falar em “Europa” suscita sentimentos de aversão e revolta, porque foi da “Europa” que emanou a Troika, e as medidas de austeridade. No fundo, a convicção é a de que as medidas de austeridade não seriam necessárias, mas que foram impostas pela “Europa”. É imperativo desmistificar esta ideia, e é esse o grande papel de um candidato a eurodeputado. O papel principal de um eurodeputado passa, precisamente, por aproximar o cidadão à União Europeia e suas instituições e por desmistificar a ideia de que a “Europa” é algo “lá fora”, da qual não fazemos parte.
 Questões multilinguísticas e multiculturais à parte, trata-se de demonstrar que a Madeira também é parte integrante do “sonho europeu” de Monnet, Adenauer e Schuman, mas não apenas na lógica dos fundos comunitários. A UE não pode ser vista apenas como o banco que tem a obrigação de nos financiar a casa, mas que não nos pode cobrar juros por incumprimento de pagamento. A “Europa” é muito mais, e pode dar muito mais, mas na medida em que estejamos preparados para dar à “Europa” algo mais do que um caderno de encargos de infraestruturas públicas que ficaram por terminar quando a famigerada dívida oculta decidiu o nosso futuro na Madeira.
E aqui surge outra questão inevitável, que me leva de novo a uma das questões colocadas inicialmente: estarão os partidos da maioria preparados para o combate político do futuro? Será a estratégia política definida pelos partidos da maioria a melhor estratégia? Talvez. Talvez não. Os madeirenses não estão satisfeitos com as imposições da República, é certo, e isso reflectir-se-á no próximo ato eleitoral, da mesma forma que se reflectiu em Setembro de 2013 o “drawing the line”, traçar o limite.
Os madeirenses decidiram que chegámos ao limite, que não aguentamos mais austeridade. E os madeirenses, da mesma forma que castigaram o PS-Madeira por ser aquilo que apelidaram em tempos de “um saco de gatos” que pautou durante anos por divergências internas que fragilizaram a estratégia política regional, também castigarão o PSD-M que manifesta claros sintomas de um “saco de gatos” encegueirados pelo sol.
São questões internas, pois que as resolvam internamente. Sempre entendi que as questões internas dos partidos só dizem respeito aos partidos e respetivos órgãos legitimados para agir nestas matérias, e mantenho. Trazer para a praça pública claras demonstrações de “sede de poder” retiram toda a legitimidade política a qualquer militante que se queira propor líder de um partido, ainda para mais um partido de governo.
O que o partido do governo ainda não percebeu é que um candidato que tenta fazer implodir um partido, jamais será um verdadeiro líder. O verdadeiro líder é aquele que reúne consensos, que une o partido, que tem pulso firme. Não é o caso.
Um partido que apresenta um excedente de candidatos em tempo de crise, é um partido que não olha para a estratégia política da prioridade às necessidades dos madeirenses. É apenas um partido com uma estratégia de “ar encanado” que reflecte ganância pelo poder. Não é ambição, é ganância. É a estratégia do poder pelo poder, sem olhar às consequências da desestruturação do partido. Um verdadeiro líder, um legítimo candidato, pauta pela humildade e seriedade na sua atuação, não vem dizer que é o único capaz de ganhar eleições.
 Costumo dizer que o perigo está na ganância pelo poder, não na ambição. Da ambição nasce o sonho. Da ambição nasceu um novo sonho político à esquerda, para a Madeira e para os madeirenses. É esse o futuro.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

“Lutar e lutar, até que os cordeiros se transformem em leões”

 


JOSÉ PRADA advogado
 O Homem tem uma força interior que lhe permite superar qualquer obstáculo… Tudo depende de si… Tudo depende se assume a sua natureza e luta e luta, até que o cordeiro que tomou conta de si, se transforme no leão que nunca deixou de ser.
 
 
Há algum tempo ouvi uma história que me fez refectir sobre a nossa natureza… Trata-se de uma parábola sobre um leão que foi criado como se fosse um cordeiro… e é mais ou menos assim…
Certo dia, um grupo de ovelhas que pastavam num campo encontraram um leão ainda bebé, sozinho, perdido e com fome. As ovelhas adoptaram aquela cria como se fosse uma delas, apesar de terem perfeita noção do perigo que corriam. E o leão cresceu e apesar da sua natureza carnívora, tornou-se um forte e grande animal alimentando-se da mesma forma que as ovelhas.
Certo dia, aparece um outro leão à caça. As ovelhas, assustadas fugiram, e com elas fugiu também o leão “cordeiro”.
Quando o leão “caçador” apercebeu-se que tinha “companhia” aproximou-se e perguntou: “Por que foges de mim e te escondes com as ovelhas, se és um leão como eu?” - “Eu não sou um leão, sou um cordeiro, uma ovelha. Por favor, não nos faças mal.”, refutou este.
- “Como, uma ovelha? És um leão. Um caçador igual a mim”. - “Não. Sou um cordeiro. Sempre vivi assim.”
O caçador pede ao jovem leão que o acompanhe, prometendo nada fazer às ovelhas, e leva-o a um lago. - “Olha para a tua imagem reflectida na água. És um leão.”
O leão “cordeiro” ficou confuso, pois apercebeu-se da semelhança entre ambos, mas voltou a afirmar: “Sou uma ovelha.”
Perplexo com a situação, o leão “caçador” perdeu o apetite e foi embora, e o leão “cordeiro” correu para junto da sua família.
No dia seguinte, o caçador regressa e cerca o leão “cordeiro”: - “Quero ouvir-te rugir, como eu. Esse é o sinal do teu poder. O sinal que és o Rei da Selva.” – “Eu só sei balir”, respondeu o apavorado leão. –“Vamos, tenta”, disse o primeiro. Assustado, o leão tomou fôlego e saiu um som um pouco mais forte do que o miado de um gato. - “Vamos, tenta novamente”, repetiu o primeiro. A segunda vez ainda foi pior.
De repente, uma matilha de lobos aproximou-se das ovelhas encurralando-as. Desesperadas, as ovelhas baliram pedindo ajuda. O jovem leão ao aperceber-se que a sua família estava em perigo, soltou um rugido apavorante. Assustados, os lobos fugiram.
O leão finalmente assumiu a sua natureza. É verdade que viveu como uma ovelha, mas nunca deixou de ser um leão… o seu coração foi sempre o coração de um leão.
O Homem é um leão por natureza, mas vive como uma ovelha… preso a um quotidiano, a uma comodidade, a uma segurança, a uma estabilidade… Mas, a verdade é que não vive. Limita-se a sobreviver num mundo que lhe é entregue como um dado adquirido.
 Até que chega ao momento da decisão. Até que chega ao momento em que é confrontado com a sua natureza e tem que decidir, se prefere sobreviver como uma ovelha, como um cordeiro, ou se assume a sua verdadeira natureza com confiança e coragem, ocupando o lugar que lhe é devido.
O Homem tem uma força interior que lhe permite superar qualquer obstáculo… Tudo depende de si… Tudo depende se assume a sua natureza e luta e luta, até que o cordeiro que tomou conta de si, se transforme no leão que nunca deixou de ser.