sábado, 5 de julho de 2014

Venha daí essa mudança

CARINA FERRO, deputada do PS/M

«Para novos desafios temos que defender novas políticas, com pessoas sérias e competentes, com políticos que não sejam inseguros na hora de ir a votos. Políticos que sejam verdadeiros líderes (...)Sempre me disseram, de forma sábia, “os madeirenses não são burros, os madeirenses sabem bem em quem votam”. É bem verdade.



É normal, dizem, em democracia, que os principais intervenientes políticos se sujeitem a algumas críticas de outros agentes políticos, forças políticas, parceiros sociais, e da população em geral. Mas não deixa de ser estranho que quando se aproxima o fim de um ciclo político, ainda exista quem queira insistir, resistir, e subverter aquela que deve ser a responsabilidade de um verdadeiro líder que não receia ir a votos para consolidar o seu mandato.

Porém, na subjetividade do direito de livre opção, são os resultados que deixarão a marca final da governação. É quando nasce a esperança. Para quem está em fim de ciclo, depois de anos de governação, tornou-se por demais evidente que não se podem esperar mudanças de políticas, de rumo, ou até mesmo de estratégia. Tornou-se por demais evidente que quem nos trouxe até aqui não consegue agora negar o seu próprio caminho, nem nos pode prometer um novo caminho.

Estes jogos de espelhos têm de acabar. Estes jogos de cadeiras têm de acabar. Os madeirenses já estão fartos disso. Até eu já estou cansada de ver (demasiados) responsáveis políticos atirar areia para os olhos das pessoas.

Sejamos sérios! Não há uma receita para o sucesso, é verdade, nem tão pouco podemos tornar o mito do D.Sebastião real, mas há algo mais a fazer, há medidas e políticas concretas que podem e devem alterar o rumo frágil que nos pretendem forçar a seguir. É por isso que temos que criar um verdadeiro élan em torno da mudança que tem que existir na Região. A Madeira tem que passar por um novo ciclo em que se crie uma efetiva alternativa política na Madeira.

Este ciclo só poderá efetivar-se com a criação de condições que permitam credibilizar os putativos candidatos, putativos dirigentes e putativos governantes, demonstrando a qualidade dos nossos quadros, dos nossos militantes e, paralelamente, criando pontes com as demais forças políticas e sociedade civil. Temos que valorizar a “marca”, a qual será crucial para alcançar os objetivos a que nos propomos enquanto políticos, enquanto partidos.

O tempo tem demonstrado que mudar é possível, mas agora compete-nos a todos, em particular àqueles que pretendem ter um papel interventivo na gestão da coisa pública, demonstrar que podemos mudar para melhor. Uma nova política de governação deve promover a qualidade e o rigor no sucesso de um novo projeto de desenvolvimento para a Região Autónoma da Madeira.

Para novos desafios temos que defender novas políticas, com pessoas sérias e competentes, com políticos que não sejam inseguros na hora de ir a votos. Políticos que sejam verdadeiros líderes. Só assim poderemos promover uma cultura orientada pelos valores da excelência e do mérito pessoal como contributos para o sucesso coletivo, para o sucesso da Madeira. Sempre me disseram, de forma sábia, “os madeirenses não são burros, os madeirenses sabem bem em quem votam”. É bem verdade.

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