PEDRO MOTA, Jurista |
Penso que não será possível ao presidente da Liga lá continuar por muito tempo agarrado da
pior forma a todos os subterfúgios possíveis e imaginários (com a “bênção” do Sporting
que diz pugnar por um futebol mais credível?!)
No futuro
Ainda nesta reflexão sobre eleições é minha opinião que o futuro da democracia não
passa por estes partidos. Pelo menos desta forma em que existem hoje. A novidade das
eleições primárias “à americana” acabará por vingar sendo imprescindível uma
modificação de todo o funcionamento dos “aparelhos” partidários. Este deixarão de
existir e os caciques ou traficantes de influências que dominam os partidos não terão
lugar.
Não serão feitas listas eleitorais em que uns são eleitos à boleia de outros. O
futuro será este mas não quer dizer que seja melhor, mais claro ou transparente. Os
“traficantes de influências” serão perfeitamente identificados e até poderão ser
profissionalizados, como os “lobbyists” norte-americanos. É demasiado notório o
desencanto dos cidadãos com os partidos para que tudo continue como está!
futuro será este mas não quer dizer que seja melhor, mais claro ou transparente. Os
“traficantes de influências” serão perfeitamente identificados e até poderão ser
profissionalizados, como os “lobbyists” norte-americanos. É demasiado notório o
desencanto dos cidadãos com os partidos para que tudo continue como está!
Na Liga
Grande golpada levada a cabo pelo presidente da assembleia geral da Liga que
propositadamente excluiu do acto eleitoral regularmente convocado duas listas para
ficar só uma lista, a do actual presidente da liga. “Eleito” com 7 votos de um universo
de mais de 50 ainda acha que tem legitimidade para decidir o destino do futebol
português.
Durante a eleição, pura e simplesmente não permitiu qualquer esclarecimento sobre a
exclusão das candidaturas ou sobre a legitimidade da única lista presente. Porque sim!
Depois de “eleito”, tomou logo posse e continuou sem permitir qualquer ponto de
ordem à mesa ou qualquer tipo de pedido de algum associado que fosse contrário à sua
“ideia”.
Isto é estar agarrado ao poder! É inconcebível que isto ocorra numa instituição como a
Liga Portuguesa de Futebol em que os associados até já foram impedidos de entrar
porque as portas estavam fechadas a cadeado (para não ser permitida a marcação de
uma Assembleia-geral).
Penso que não será possível ao presidente da Liga lá continuar por muito tempo agarrado da
pior forma a todos os subterfúgios possíveis e imaginários (com a “bênção” do Sporting
que diz pugnar por um futebol mais credível?!)
Mas o paradoxo maior é que este indivíduo continua a agir sem que nada aconteça. Pelo
menos durante uns meses até que existam resultados das diversas acções e impugnações
levadas a cabo pela maioria dos associados. Isto só em Portugal! Aliás, muitas vezes
estas golpadas eleitorais só chegam a ser discutidas em Tribunal anos depois da eleição,
perpetuando o logro em que cai mais uma instituição.
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