domingo, 8 de dezembro de 2013

Ser ou não ser?....

CARINA FERRO deputada
 "Nenhum aluno deveria ser humilhado diariamente porque
o colega do lado tem maior capacidade financeira (...)
 
Um Secretário à séria já se teria preparado para lidar com as adversidades no meio escolar..."


Sempre me disseram que o nosso percurso profissional  deve primar pelo respeito, rigor, disciplina, qualidade e excelência, sentido de responsabilidade e, last but not least, pela boa educação. A questão que se coloca é: quo vadis educação? E, em última instância, quo vadis RAM?

Quando a promessa da estabilidade da carreira docente se transformou em pura ilusão, coloca-se agora em causa a estabilidade no percurso escolar do educando. Nenhum aluno deveria ser humilhado diariamente porque o colega do lado tem maior capacidade financeira e não teve de recorrer aos apoios da Ação Social Escolar e, como tal, não teve de passar meses à espera dos manuais escolares que, ano após ano, tardam em chegar
.

Nenhum aluno deveria ver o seu direito à igualdade de oportunidades penhorado, sendo promovida a exclusão social dentro da própria sala de aula, não por vontade dos docentes, mas pelas privações de material escolar que muitos alunos enfrentam.

É inadmissível que, além das privações diárias a que muitos estão sujeitos, existam ainda privações no meio escolar que condicionam o sucesso escolar do aluno. 
 
Nenhum aluno deveria ser prejudicado pela inércia e incompetência alheia. Mais do que isso, nenhum aluno deveria ser prejudicado por lutar por um futuro melhor. Este é um mundo de oportunidades, e ninguém deveria ser privado dos seus direitos de, pelo menos, poder tentar mudar o seu futuro.
 
Um Secretário à séria já se teria preparado para lidar com as adversidades no meio escolar, já deveria ter previsto mudanças nos manuais escolares e eventuais atrasos na entrega dos mesmos e deveria ter agido em conformidade.
 
E, assim, ser ou não ser?.. Se o “ser” implica sentido de responsabilidade e, acima de tudo, conhecimento da realidade, o “não ser” tem sido o mote de governação deste Sr. Secretário, para mal da credibilidade do sistema educativo regional.

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