sábado, 15 de fevereiro de 2014

Por uma política alternativa

DÍRIO RAMOS engenheiro


 Segundo o INE, mais de 50% do orçamento das famílias é destinado a despesas com a habitação, rendas, água, eletricidade e transportes. Que resta para comer, vestir e ser gente?!




As remunerações dos trabalhadores, reformados e pensionistas tiveram, nos últimos três anos, uma quebra em termos nominais de 9,2% , a inflação de 7% ,pelo que a quebra real das remunerações foi de 16%.
A situação não foi mais agravada devido ao facto do TC ter chumbado a norma que pretendia retirar dois salários aos reformados e pensionistas e o subsídio de Natal aos trabalhadores da Função Pública .


A quebra do consumo atingiu 9% , contribuindo para o encerramento de empresas e o aumento do desemprego , que no final de 2013 eram mais 22 000 os desempregados. Com o Orçamento de Estado e da região para 2014 novos cortes em média de 9,3 %.

 Segundo o INE, mais de 50% do orçamento das famílias é destinado a despesas com a habitação, rendas, água, eletricidade e transportes. Que resta para comer, vestir e ser gente?!

Aumenta-se o IVA, o IRS, o IMI e fala-se em ajustamento. Os pobres e a classe média ,cada vez mais pobres, mas aumentam os milionários. A perda real nos salários e pensões nos últimos três anos rondam os 20% .

 Há quem diga, na oposição, que o jardinismo já terminou e que só Jardim não vê. É possível e desejável uma política alternativa ao Governo do PSD na Madeira, que desenvolva a economia, a agricultura e as pescas, o turismo.


 Não devemos embarcar na fulanização da política, na intriga. Precisamos de trabalho, muito trabalho político junto do povo, para resolver os seus problemas. Precisamos de uma rutura com o sistema dos partidos do arco do poder PSD/CDS/PS que gerem o capitalismo. Nenhuma medida alternativa ao jardinismo se faz sem a valorização do trabalho, através da melhoria dos salários.

Vêm aí as Eleições Europeias. Novos protagonistas vão aproveitar o descontentamento popular, para arranjar uns lugares no Parlamento Europeu. Urge uma política de combate e rutura. Para isso é necessário o reforço da CDU.

 
 

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