terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Cursos superiores de 2 anos!!??


PEDRO MOTA, Jurista



Já é possível ter uma licenciatura e até um mestrado sem saber ler ou escrever!Parece mentira mas é verdade. Efectivamente, hoje a criança não “chumba” o ano.É proibido!




Andam a preparar um novo fenómeno: os “cursos superiores de 2 anos”!
Acabei por não acompanhar a “inovação” mas sempre servirá para o comentário que se segue: Já é possível ter uma licenciatura e até um mestrado sem saber ler ou escrever! Parece mentira mas é verdade,

Efectivamente, hoje a criança não “chumba” o ano.
É proibido! Agora, se a criança não “transita” de ano, motiva uma imensidão de
reuniões e/ou um sem número de procedimentos destinados a desculpabilizar o principal
“suspeito” pelo insucesso: a própria “criança”.
Sim, porque a “criança” pode pura e simplesmente não estudar, pode ligar zero ao que o
professor diz, pode não tocar nos livros, pode nem sequer carregá-los (“ai a coluna”!).

Independentemente disso tudo, aos 18 anos quando os amigos “cromos” entram na
Universidade, ela também tem de ir. Tem de ser assim: é um “direito”.
Mesmo que nada estude, mesmo que não saiba ler ou escrever irá para uma qualquer
“universidade” (???) que não exija médias ou outra “coisa” que possa ser impeditiva do
seu “direito”.
Depois de estar lá “dentro”, é uma questão de tempo: com as “bolonhices” são 3 anitos
e com esta nova ideia serão só 2!
E passa num instante: são 6 meses de praxes, mais um ano a fazer uns desenhos e uns
trabalhos de grupo e depois é só escrever as “fitas”!

Meus senhores, é opinião deste “cromo” que a Educação (superior) deve ser um direito
para quem estuda e para quem quer estudar!
E já preparam novo ataque!
Como se não fosse suficiente o que foi descrito, recentemente, alguém disse que o
Português e a Matemática não devem/podem condicionar a vida do estudante.
Ora, é opinião deste “cromo” que o Português e a Matemática devem ser obrigatórios
desde a creche até ao fim da Universidade!

Normalmente, estas teorias inovadoras começam com a expressão: “não deve
condicionar” e, invariavelmente, redundam no resultado: “é desnecessário”.
De resto, existe um exemplo prático da importância da Matemática em todo o percurso
académico: a massificação vergonhosa e inerente desprestígio da profissão de
Advogado é consequência directa da não existência de Matemática na “antiga área D”.

Deste modo, fica o apelo: não deixem retirar importância ao Português e à Matemática
nos currículos académicos! Basta de facilitismo!
O percurso académico de recentes governantes de Portugal é o exemplo deste apelo e do
estado a que chegou o ensino “superior” deste País: lembremos o Dr. Miguel Relvas e o
Eng. José Sócrates.

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