domingo, 7 de setembro de 2014

De grão em grão...

CARINA FERRO, deputada PS-Madeira

 

Ao contrário do que muitos pensam, fazer política não é fácil, e não é para todos. O desgaste psicológico e, muitas vezes físico, é enorme. Mas, se o é para os políticos candidatos, que dizer daqueles que são diariamente assediados para apoiar este ou aquele candidato?

 
 
 

 
São campanhas atrás de campanhas. É inevitável. Qualquer cidadão consciente, até o mais distraído, tem a percepção clara de que há campanha todo o ano, para todos os gostos. No espaço de um ano, tivemos eleições autárquicas, eleições europeias, e estamos agora a braços com eleições internas de vários partidos.

Ao contrário do que muitos pensam, fazer política não é fácil, e não é para todos. O desgaste psicológico e, muitas vezes físico, é enorme. Mas, se o é para os políticos candidatos, que dizer daqueles que são diariamente assediados para apoiar este ou aquele candidato? A pressão é tanta, que muitos desistem simplesmente de participar, de contibuir para uma cidadania ativa só para fugir a esta pressão.

Todos são precisos para definir o futuro do país. E mais ainda para definir o futuro do Partido Socialista. Não deixo de pensar que, da mesma forma que há políticos que se afastam da política porque estão pura e simplesmente fartos, também haverá simpatizantes que gostariam de participar e não o fazem devido ao tipo de política que alguns quadrantes socialistas praticam um pouco por todo o país. O que alguns políticos (aparelhistas, carreiristas, o que quiserem chamar-lhes) ainda não perceberam é que não são os militantes que decidem, na recta final, quem vai liderar o Governo, é o povo. E quando o povo decide que não confia, independentemente do trabalho do líder, a decisão é inequívoca: o voto não será para ele.

Ainda que tenhamos ganho eleições aqui e ali, as vitórias de Pirro não são verdadeiras vitórias. São alertas. E são alertas que devem ser considerados, e não argumentos utilizados como tira teimas de quezílias inter-federativas. Podemos dizer que um candidato é melhor do que o outro? Obviamente que sim.

São bons candidatos, mas há um candidato capaz de mobilizar Portugal para a participação cívica, um verdadeiro líder, que conquista, que traz esperança. Não pensem os incautos que defendemos a ascensão de um super herói, ou de uma qualquer figura reencarnada do D. Sebastião, não.
Defendemos a liderança de alguém capaz de, inequivocamente, levar o Partido Socialista a uma esmagadora vitória nas próximas eleições legislativas.

Defendemos a liderança de alguém que não tem vergonha da herança socialista – que reconhece que errámos, mas que aprendemos com os erros cometidos. Alguém que reconhece os erros, mas tem orgulho das coisas que fizemos bem, e que pretende aprofundar as medidas positivas criadas em governos socialistas e que realmente fizeram a diferença.
 
 Defendemos a liderança de alguém que quer lutar por uma maioria absoluta, e não alguém que ameaça não governar caso não tenha maioria.
Defendemos alguém que pensa para além da vitória de pirro, alguém que pensa para além do mandato enquanto Secretário-Geral, que tem uma agenda para uma década e não uma agenda de interesses pessoais a médio prazo.

Defendemos alguém que já demonstrou que tem capacidades governativas, que tem qualificações adequadas ao desempenho das suas futuras responsabilidades. Defendemos a liderança de António Costa porque o país precisa, porque a Madeira precisa. Não é perfídia, é sentido de responsabilidade.
É este o momento. Participem.

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